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Como é constatação geral, o ano de 2010 foi um ano que registou uma conta baixa de obras de hip hop nacional no que toca essencialmente tiranges direccionadas para o grande público, é claro que isto foi motivado por vários factores como a falta de condições económicas ou musicais por parte dos artistas para se produzirem obras ou ainda insucessos no campo musical ou tentativas falhadas de entrada no mercado musical, falta de adesão ou incapacidade de escoar as músicas nos diferentes canais musicais ou o afastamento do campo musical em função da opção pelo campo laboral noutros ramos por motivos de sobrevivência e se continuarmos a listar poderemos detalhar um horizonte infinito de razões pelas quais as obras não foram produzidas no ano de 2010.

Seja como for voltando a questão resposta, a música “Hip Hop a Morrer” é determinadamente uma das melhores do ano transacto senão mesmo a que maior impacto teve sobre o movimento. O tema retrata o estado geral desta arte no reduto nacional, o nosso já conhecido exército intervindo pelo braço do seu general faz uma chamada de atenção ao Movimento expondo as carecas, a farsa, a vaidade, a falta de sentimento genuíno, o pouco trabalho, a falta de perseverança e a orientação dinheirista por parte de alguns artistas. Factores estes que estão a roubar a essência desta arte e consequentemente a deteriorar a orientação deste estilo artístico. O puxão de orelha sentiu-se mais severo para alguns devido ao efeito surpresa  e chamo-o assim pois para os mais críticos e menos atentos a Army Squad foi injustamente categorizada como sendo um grupo virado apenas para a música de festa, digo menos atentos pois estes não ouvem as obras ao detalhe e cingem-se apenas as músicas badaladas do grupo que ficaram na boca popular passando assim o rótulo de imediato. Esquecendo que na realidade muitas vezes os temas que ficam no ouvido popular não reflectem na integra o teor de uma obra discográfica ou não revelam a amplitude geral da alma dos artistas. Para os mais atentos e também menos preconceituosos na escuta musical não foi surpresa total pois estes estão habituados a ver a Army a seu modo fazer intervenção desde o “Ela” e “Cabeça Vazia” no primeiro álbum “Firme” pela Bwé de Beats em 2002 e depois no primeiro trabalho discográfico do General da Army que volta a reunir o seu exército nos temas “Whisky Cola” e “Se eu Soubesse”  no registo intitulado “Tubarão Branco”  de 2007. Embora seja ponto assente este colectivo nunca se ter pronunciado com relação o hip hop e particularmente o movimento é de todo discutível a noção de que o General da Army e os seus companheiros sejam desprovidos da consciência critica característica deste estilo artístico.

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Cenas Que Curto

CEO do site CenasQueCurto.Net