Em entrevista para o blog brasileiro “www.noticiario-periferico.com” conduzida pelo meu mano Anderson Hebreu, o grupo angolano “Tribo Sul” falou de seu “exílio” na África do sul, de seus trabalhos passados e futuros, do rap angolano dentre outros assuntos.

Então mano pra começar descreve o grupo “Tribo Sul” e por quem é formado?
Tribo Sul: Do ritmo de vida do nosso quotidiano a mais desfavorecida camada social conheceu o hip-hop como cultura onde em protesto da falsa politica e mal vida social implantado nos tais chamados países do terceiro mundo, no particular Angola .
Com um pensamento revolucionário de positiva influência na decadência do século XX, o mundo testemunhou o renascimento de 3 soldados identificados por: First Page (Pipokahz), Dj Cavera C. & Masta Joy, na qual em prol do movimento navegam kilometragens em busca da liberdade sob nome Tribo Sul.

Tribo – Carruagem familiar com um determinado laço cultural.
SUL – Sobreviventes Unidos a Luta.

Na realidade, Tribo Sul sou eu, és tu, é ele, somos todos nós…

Qual a Influencia musical de vocês, se ela no rap ou fora do rap ..?
Tribo Sul: Somos influenciados pelas obras revolucionaria poder negro, espírito santo e pela coragem da velha voz. Desde, Savimbi, Stive Bico, Malcom X, Nelson Mandela, Luther King, Fela Kuti, Public Enemy, Peter Tosh, Racionais Mc’s e Bob Marley. O grupo agradece em nome do filho, o senhor, pelo poder implantado no sangue destes homens que pela verdade transportam a cruz como fez Jesus. E encorajados pela dor estampada no rosto de cada irmão e todos aqueles que pela liberdade lutam buscamos a força que transportamos em nosso rap.

Sobre o primeiro álbum de originais “Grito de Liberdade”, publicado em 2003, onde foi Produzido qual o conteúdo das letras deste álbum?
Tribo Sul: Grito de Liberdade é um clássico, é o álbum dos álbuns, é o primogênito, e quem é pai sabe disto, quão especial é o primeiro bebe. O álbum é uma combinação de fat beats, com letras que clamam por justiça, igualdade de direitos, liberdade, água, pão, luz, e pede sentença aos causadores destas enfermidades.
O álbum foi muito polemico, porque na altura não era normal na África do Sul um grupo de Rap trazer conteúdos do gênero na sua música, de forma aberta indicando as causas e os culpados.
Com 22 faixas, todas elas produzidas e gravadas no quarto pelo grupo num computador Pentium I, com 5GB de HD, 125 mb de Ram, foram noites atras de noites que já mais serão esquecidas.

Curto muito o rapper angolano MCK. Em uma música dele, ele diz mais ou mesmo assim “O Rap Angolano tem que ter a cara de Angola. Porquê imitas o 50cent, se onde dormiste o povo passa fome?”. Você concorda com esta frase?
Tribo Sul: MCK é um herói, nós gritamos durante 11anos a distância, mas o mano nunca arredou o pé de Angola e gritou nos momentos mais difíceis num pais onde existe a lei da bala. A frase dele tem todo sentido porque é necessário que o Rap Angolano tenha a cara de Angola. É uma pena que muitos só se sentem rappers fazendo karaokê de artistas internacionais.
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