Phay Grand "O Último Moicano do Rap Alternativo" (Por Soba L)

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A história do Rap Brasileiro tem sido imortalizada por exímios compositores ao longo destas duas décadas. Uma história edificada pelos Poetas magistrais da velha escola como: Gabriel, Eduardo, Brown, Mv, Marechal, Gutierrez, e que tem sido sedimentada pelos alunos da nova escola como: Fluxo, Neil Sentimentum, Kamau, Emicida, Rashid e Projota. Com efeito, nenhum dos senhores supra citados, cuspiu doutrinas alternativas, contundentes e rústicas como o Sabotage. Sabotage foi o anti herói do Rap Brasileiro, com uma postura contra cultura, subversivo e intervencionista, Sabotage foi a CNN das favelas brasileiras.

O percurso do Rap Português tem sido marcado por compositores fascinantes nas últimas duas décadas. Um itinerário que foi arquitectado pelos Poetas sublimes da velha escola como: AC, Mundo, Chullage, Fusível, Valete, Sam The Kid, e que tem sido regenerado e revitalizado pelos alunos da nova escola como: Nokas (Infinito), Jimmy P, Jêpê, Each, Sacik Brow e Invisível.

Entretanto, nenhum dos senhores acima referenciados cuspiu doutrinas alternativas, contundentes e rústicas como o Allen Halloween. (mais…)

Os Bravos do Pelotão – PlayList Lusófona 2012 [Por Soba L]

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2012 foi um ano profícuo na produção, revelação e consagração de vários mestres de cerimónias.  As mais notáveis consagrações, repercutiram-se sobretudo na carreira do Nga & Jimmy P, dois rappers incansáveis, que têm dado o litro nas últimas décadas e que finalmente conquistaram o #NumberOneSpot.

Relativamente às revelações, este ano tem sido notável e memorável no que tange ao surgimento de novos talentos sem Tv nem Rádio (Illegal Promo),  todavia com um verdadeiro Buzz na Internet, e hoje, como disse o Sam The Kid “a Internet é tudo“, degraus acima da Tv e Rádio, como diria o NGA “Tu vês o número de Views, isso é Love “.

Angola, como quem diz Luanda, por ser o epicentro da música rap produzida na banda, o ano de 2012, teve uma produção em massa, acho que nunca se produziu (mais…)

Valete Fala Sobre o Álbum "Homo Libero" Em Entrevista ao Site HHSE

Um MC que começou no underground e ganhou uma magnitude dentro da comunidade Hip-Hop, através da sua mensagem. Está a preparar um dos álbuns mais esperados de sempre, ”Homo Libero”. Nesta entrevista, falamos sobre o novo álbum, os produtores, o estado do Hip-Hop Nacional, a influencia da internet e muito mais.

1. Mano, comecemos pelo teu album. Sempre deixaste uma informação aqui e ali sobre o Homo Libero, mas nao temos bem a noçao do que se passa. Em que ponto está? Quais serao as grandes surpresas deste album para uma espera tao longa?

Não há nenhuma grande surpresa. A cena é que eu até 2009 estive a fazer um álbum chamado “360 Graus”, é um álbum duplo também. Esse iria ser o meu 3º álbum. Era um álbum conceptual onde todas as músicas tinham narrativas que acabavam no sítio onde começaram. Esse álbum está pronto e nem sei o que vou fazer com ele, está na gaveta, porque depois abracei essa filosofia do Homo Líbero e quis fazer um álbum ligado a esse conceito do Homem Livre, da Liberdade e do meu conceito de Homem Novo. O Homo Líbero comecei a fazê-lo em 2009. 2010 foi um ano terrível para mim, porque estive quase sempre no Hospital, tenho uma má ligação entre o sistema nervoso central e o coração, e essa merda estava a despoletar todo o tipo de reacções violentas no meu corpo.

Em 2010 passei mais tempo em Hospitais que no estúdio, em 2011 estive a dar concertos e estive no Projecto Diversidad, fizemos uma tourné pela Europa quase toda e isso consumiu-me bué tempo. Só agora em 2012 é que peguei no Homo Líbero a sério, por isso pode parecer que já estou a fazer o álbum há muito tempo, mas o álbum tem de forma fluída pouco mais de um ano de trabalho, e como é um álbum duplo é normal que demore. Mas agora depois dos concertos que vamos ter no fim do ano, acredito que não terei mais nada que me faça abrandar o ritmo e aí o será fácil e rápido acabar o álbum. (mais…)