Chama-se “Proibido Ouvir Isso” e será lançado no dia 18 deste mês na Praça da Independência.
A obra, de acordo com o artista, recebeu este nome porque nela são abordados temas ainda tabus, como religião e sexo, por um lado, e por outro, proibidos, como a política, atendendo à ainda embrionária democracia de Angola.
Em a “Teoria da Prosperidade”, por exemplo, MCK critica os novos movimentos religiosos que baseiam as suas exortações no material, fazendo menção ao problemático Edir Macedo da Igreja Universal. “Tu queres carro, vem que nós damos”, elucida o músico, comentando sobre o tema. “Fundar igreja é um negócio que prospera… interpretam a Bíblia a seu favor”, ouve-se na música.
Já em “A bala dói”, que conta com a participação do “irreverente” e carismático Ikonoklasta, Katro atira: “a mim não foi a Líbia que inspirou”. Depois de vários versos de contestação e auto-afirmação, vem o coro, cantado num instrumental dançante com fortes influência de reggae, pelo seu convidado: “Sempre nos prometem comida, mas só nos dão porrada/Nosso estômago até já grita/ mas eles têm babas que cospem balas/ e a bala dói…”
“Proibido Ouvir Isso” conta com as participações de músicos como Beto de Almeida, Paulo Flores, Bruno M, IKonoklasta, Ângela Ferrão, Da Bullz e Agente Supremo nos vocais, ao passo que a nível de produções conta tem a colaboração de Boni da Diferencial, Sam The Kid (Portugal), Flagelo Urbano, Level Kroniko e Ricardo.
O álbum, do qual já foram disponibilizados três singles (Cinco Anos de Ausência, Rimas, Palavras e Nomes e Por detrás do Pano) será lançado simultaneamente nas cidades de Luanda, Benguela, Malange e Cabinda sob a chancela da Masta K, editora do rapper.