Há muito tempo, em uma web muito, muito distante, o Yahoo! viveu os seus dias de glória mundial.
Era uma época em que o número de sites podia ser contado na casa dos milhares.
Nada mais natural, então, do que distribuí-los em uma lista estilo “páginas amarelas”, com subdivisões por tema/assunto.
Foi um grande sucesso, que alavancou a ferramenta e incentivou o desenvolvimento de uma série de produtos pela empresa. De buscador, o Yahoo! tornou-se um portal.
Mas aí a web cresceu e o serviço tornou-se irrelevante, assim como outros da época.
Ao mesmo tempo, surgiu o Google com seu algoritmo macumbeiro.
O Yahoo! ficou perdido. No meio do desespero, decidiu fechar um acordo para usar o motor de buscas do Google, em meados do ano 2000. A brincadeira durou nada menos do que três anos e meio, quando a parceria foi interrompida, no início de 2004. Por mais que adquirisse empresas ou tecnologias de pesquisa, o Yahoo! nunca mais conseguiu recuperar a importância que já teve nessa área.
Claro que a companhia ainda tem vários trunfos. Seu webmail é o mais usado no planeta. Seu programa de mensagens instantâneas tem uma multidão de usuários, que podem inclusive se comunicar com a rede do MSN.
Delicious e Flickr são mais do que respeitados: têm público cativo. Mas e as buscas? Quando uma empresa perde a alma (ou a vende para outra), nada mais importa..
O Bing vai abocanhar uma parcela das buscas, mas o Google vai ganhar muito mais. Com dois competidores nos calcanhares, Sergey Brin e Larry Page teriam maus bocados pela frente. Agora, é só enfrentar um novo adversário, que ainda está longe de ter representatividade mundial e pertence à Microsoft, vista por milhões como uma “empresa do mal”.
Vai ser fácil, muito fácil, continuar na liderança.
Fonte: InfoAbril
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