Estive hoje numa daquelas visitas diárias aos blogs que curto e me deparei com essa matéria no LusoTunes aka Caipirinha Lounge, falando de 3 grandes mc’s e dando um certo destaque no final a um dos melhores Mc’s de sempre da Lusofonia, Mc Katrogi. Não mayei, e peguei a cena, dando apenas uns leves retoques. Curtam ai…

MayandaValete, Mc K e Keita Mayanda.Três dos meus artistas de rap preferidos, duas das minhas preferidas canções, 1 bom beat, 2 grandes sons e 3 brilhantes Mc’s.

Foi com Keita Mayanda que tudo começou, com o seu soulful brinde, ‘Equilíbrio’. É daqueles brindes que têm o poder de fazer-nos reflectir. Fala sobre o poder do amor, é um som sobre equilíbrio emocional, sobre relações fortes, sobre egoísmo, enfim, carrega no play e ouve tu mesmo.

Valete 2 Este mesmo beat foi depois usado pelo Valete e o Mc K numa espécie de remix, ‘A Mentira do Vosso Amor’. O sempre irreverente Valete vai mas longe no tópico do amor, falando na mentira do amor que ele vê a sua volta. “Eu nunca amei com vosso amor“, diz ele.

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O MC K contribui na estrofe seguinte(Eis as suas primeiras palavras):

Quem corre por gosto vai sempre mais longe / É o amor que me inspira viver como monge / As vezes sem pão mas sempre a fazer sons / Que refletem a pureza aquilo que eu sinto / Meu vendo o coração por isso não minto / A mentira do vosso amor esta na bajulação / Dos broxes que fazem ao chefes atrás da promoção / Nas promessas estranhas / Nas esperanças já castanhas / É com mentira que tu ganhas campanhas / O meu amor vive hospedado na lagrima de quem sofre / Não tem preço não cabe no teu cofre.

Para melhor percebemos o contexto deste som, e da importância do Mc K no rap angolano e o tal amor que os três nutrem pelo hip-hop verdadeiro, orgânico, das origens, eis o que o Valete disse acerca do MC Katrogipolongopongo:

O Rap em Angola é mais visível, tem uma cara muito festiva e exibicionista. É mesmo possível compararmos com o rap americano mainstream. Muitos sons para o club e muitos mc’s a celebrar uma suposta vida sumptuosa. Mc K representa a face mais underground. Em Angola há também quem o classifique como um mc da escola do “Rap Revolucionário“. O Mano conseguiu fazer um buzz estrondoso e hoje é conhecido e aclamado em Angola, e marca uma diferença assinalável em relação à maioria do rap Angolano mainstream. K fala da Angola real. A Angola da ditadura, a Angola dos indigentes, A Angola dos contrastes pavorosos. O Mano já chegou mesmo a ter problemas com o governo, por lhe terem associado a movimentos contra-poder. Seria muito fácil para o K seguir as tendências do mainstream. Rimar “Money, cash, hoes” e provavelmente vender mais e ser até mais afamado do que já é. Mas o mano é bem maior do que isso tudo. Tem compromissos irrescindíveis. Está comprometido consigo mesmo, com a arte, e com a sua luta. Antes morrer de pé do que viver de joelhos. Eu e o Mc K, temos trabalhado juntos e temos uma parceria que de certa forma se enquadra no projecto “Um Só Caminho” e estamos a tentar abrir canais nos nossos países para mc’s da Lusofonia.

Créditos: www.lusotunes.blogspot.com

Deixo aqui os dois sons para os poucos visitantes do blog que ainda não os ouviram e para os muitos que não prestaram a devida atenção.

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Cenas Que Curto

CEO do site CenasQueCurto.Net