Se houvesse um prémio para artista revelação na cena underground do rap feito em angola, seria naturalmente atribuído a este mc, que tem crescido gradualmente, demonstrando uma qualidade artística inquestionável e letras dignas de um mestre-de-cerimónias, que tem como preocupação primária educar com a música.
Há muito que este jovem como qualquer outro, de 28 anos de idade, natural de Luanda, deixou de ser comum. O Rap mudou o curso da história deste mano, que da nova geração de rappers herdou apenas o tempo, já que a sua música e musicalidade transcendem os limites de qualquer fronteira temporal.
Neste 3º volume da sua saga “Oxigénio”, que se nos será dado a ver no dia 15 de Novembro do corrente ano, Sanguinário discorre sobre temas comuns ao nosso quotidiano, mas com uma mestria, responsabilidade e maturidade raras de se ver nos tempos actuais. Há muito mais de Sanguinário neste volume 3 do Projecto Oxigénio. Os mais atentos hão-de perceber que Sanguinário deixa de ser um simples e mero interveniente no cenário Rap da banda, e passa a actor das suas circunstâncias e escritor da sua própria liberdade.
Hoje, Sanguinário é filho de Bambatta e respira o oxigénio que transborda da fonte mais bem preservada do Rap Underground, ou se quisermos do Rap consciente. O artista usa versos intensos ou palavras soltas, que permitem partilhar com o espectador o mais íntimo de uma satisfação que só a arte pode oferecer através da sublimação da sua música.
Engane-se quem acredita que o Rap consciente deixou de o ser. O volume 3 do projecto “Oxigénio” virá naturalmente provar o contrário.
Texto por: Flagelo Urbano