O Megashow da Força Suprema, nome dado ao evento pelo grupo, apresentou-se de uma forma especial. “Especial porque é o primeiro espectáculo nosso. A ideia foi concebida por nós, não há intermediários na organização. É tudo da nossa autoria”, afirma antes do concerto Don-P, membro do conjunto que, apesar de não cantar, se afigura como um dos alicerces da sua estrutura, assegurando várias tarefas no backstage.
Mas voltemos atrás. A Força Suprema, surgidos em 1997 em Queluz, são actualmente um dos mais reconhecidos colectivos de hip-hop do país. Agregando diversas influências, o rap é o pilar da sua música, misturado com o simbolismo de estilos angolanos como o kuduro e o kizomba. “Seríamos hipócritas se não assumissemos que Boss AC e Black Company são duas grandes influências. Mas por termos muitas influências, quase podemos dizer que somos uma cachupa com bacalhau. Não é rap. É Força Suprema”. Compostos por NGA, Don-G, Masta, Prodígio, PIMP e Don-P, o seu último álbum, De Corpo e Alma, data de 2006.
Mas isso não significa falta de trabalho. Os álbuns e as mixtapes a solo multiplicam-se. A última, Mais quente que o Fogo 6, de NGA, saiu no início do mês, e garantiu cerca de 15 000 downloads nos primeiros dois dias. “Queremos que os admiradores nos peçam um novo trabalho, queremos sentir essa vontade por parte dos fãs, porque é isso que nos impele a trabalhar. Temos estado muito empenhados nos trabalhos a solo, mas queremos que nos exijam um novo álbum de conjunto. Sei que capacidade não nos falta”.
Texto: www.espalhafactos.com