Apesar de até então ter trazido apenas para este espaço jovens angolanos que lutam pela soberania juvenil e bem-estar social, venho quebrar a rotina trazendo um grande ícone da cultura nacional.
Alguém que os nossos papás provavelmente tratariam por "tu", todavia nós carinhosamente trataremos por «tio». Conhecido como general Kambuengo, é um «kota» que tem muito para ensinar-nos pois é acima de tudo um músico que não só teve uma grande influência no nosso circuito musical da década dos 80 como tem às suas músicas consumidas até hoje.
O que vem a propósito quebrar a ideia de que a música é um dos principais responsáveis choque entre gerações. Consta das suas conquistas (como cantor) três discos de Ouro e um de prata, e como produtor tem uma vasta lista de nomes que ajudou a colocar no mercado. Sem mais delongas, porque, aliás não precisa de mais introduções: Eduardo Paim
MSM- Para começar, «tio Paim» muitos deram-lhe o título de "Sua Majestade" pois acreditam ser o Pai (fundador) da Kizomba. Como reage quando é tratado assim?
Ser alvo deste reconhecimento é um incentivo e uma recompensa grande para mim. Quando comecei com isso nunca pensei que poderia evoluir até tal ponto. Que isso pudesse inclusivamente, ultrapassar fronteiras e ser hoje o facto que é. Porque o que eu criei sem ter tido a intenção, cresceu e hoje ganha espaço por todo mundo. É bom ser o «pai» disso. Eu sinto orgulho por ter dado um contributo para que a Kizomba hoje se tornasse no que é…