Conta-nos um pouco do teu primeiro contacto com o mundo da produção musical.
O meu primeiro contacto com a “produção” foi em 99! Tentei fazer um instrumental num programa que me passaram na altura, mas em vão, saíu tudo mal! Ia tentando até que pedi ao Pass One para me arranjar uma MPC2000XL. Ele arranjou-me um bom negócio, e foi lá a minha escola!
Qual foi o trabalho que te proporcionou mais prazer em ouvir depois de concluído?
Eu sempre disse que o Portfolio que produzi para o Royalistick era o álbum da minha vida, e é um álbum muito importante, marca o meu começo no mercado e deu-me muita projecção pelos convidados que nunca pensei vir a ter a rimar num instrumental meu. Mas o 2ºRound é actualmente o álbum que eu me orgulho mais de ter produzido.
Lembro-me de ter dito que o 2ºRound seria uma espécie de ideia do que eu tinha em mente para um álbum do NGA. Dei muito neste álbum, arranjos, musicalidade, diversidade de instrumentais e temas mais organizados e com conteúdo, ao contrário do que fizemos no 1ºRound.
Qual é o genero/estilo musical que preferes entregar aos ouvintes?
Nunca me preocupei com isso para te ser sincero. Sempre me preocupei mais em que saia algo autêntico e dar o meu melhor no que estou a produzir. Não me imagino a produzir algo que nunca gostaria de produzir e que acho que é preciso ter bases para o fazer. Mas a maioria dos trabalhos que tenho lançado é dentro do Rap/Pop/RnB.
O que podemos esperar de ti em termos de produção ainda este ano, além do NGA vs Madkutz Round 2?
Quando fazes um álbum, tens tendência em criar várias faixas, no 2ºRound deixámos uma de fora, mas podiam ter sido duas, três ou mais. Isso pode acontecer comigo e em qualquer álbum de outro artista. E já me aconteceu! Acho que dizer, dá azar, e dos grandes! Mas posso-te dizer que estou a produzir EP’s meus. Tenho várias sagas que quero disponibilizar para download e umas para venda.
Criei o Arquivo que já vai no segundo volume e agora vou lançar mais dois projectos. Um com instrumentais de temas que produzi até hoje como: Aviso, We Run Them, Triunfo, Invictus, Estrela No Bairro, Anjo No Céu, etc… E outro que se chama “Cafezada”.
Quais são as tuas referências musicais?
Eu tenho várias, gosto de todo o tipo de música, ouço mais uns géneros que outros, mas a maioria gira tudo à volta de Rap/Trip-Hop/RnB/Pop/Electrónica.
Qual é a mensagem que deixas aos produtores que estão a iniciar agora em Portugal?
Sejam auto didactas. Recebo muitas mensagens/mails de produtores novos a pedirem-me para ajudar a trabalhar no programa/máquina X, Y, Z… Quando eu acho que eles deviam de ir atrás! A Internet hoje em dia é a maior escola do mundo… No YouTube tens malta a explicar-te um pouco de tudo, o resto é dedicação e muito trabalho! Saúde e sucesso!
Existe boa qualidade em Portugal?
Sem dúvida! Eu costumo ficar chateado quando oiço um beat que o público americano faz alta festa e nós Europeus achamos irritante/nada de mais. Cá em Portugal temos produtores com capacidade de produzirem para projectos a nivel mundial, daquelas músicas que tocam em todo o lado! Temos é uma elevada percentagem de “Não somos nada”; “Não somos capazes”. É pena!
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