O grupo de hip hop, Força Suprema que no passado foi notícia com acusações por crimes de roubo à mão armada, ofensa à integridade física simples, detenção de arma proibida e tráfico de droga, falou em exclusivo ao SAPO para dar a conhecer o seu lado dos acontecimentos.
De acordo com “Nga”, um dos membros do grupo, toda a situação esteve em torno de uma “discussão meramente familiar que tomou as proporções erradas”. A sua presença tinha como objectivo acalmar os ânimos, sendo que Dom P e Nga foram os únicos a estar envolvidos na briga do café. “Não existiram assaltos, tiros, roubo ou qualquer tipo de agressão aos clientes”. A carrinha que tem o nome do grupo não esteve no local.
O distúrbio no citado café ocorreu no mês de Setembro e levou com que todos os membros fossem presos durante dois dias para esclarecimentos. Entretanto “no dia em que a notícia foi passada pelas televisões, todos estávamos em casa”, não presos como foi anunciado, explicaram, acrescentando que o processo está em tribunal, a aguardar julgamento.
Força Suprema é um grupo que está junto há 12 anos, mas já se conhecem antes disso, é composto por quatro elementos que apesar dos trabalhos em grupo também promovem álbuns a solo. Fazem da música uma forma de vida, mas não é dela que sobrevivem “temos trabalhos paralelos”. Mas é através da música que pretendem dar e demonstrar o melhor: “ser uma motivação, um exemplo para a nossa comunidade”, tendo em conta que residem numa das zonas mais problemáticas de Lisboa. Na “linha de Sintra, é muito importante motivação para os miúdos do bairro e não pode ser só pelo ser futebol” pois nem todos podem ser Yannick Djaló mas com trabalho e dedicação muito se consegue”.
Como forma de ser um exemplo foram desenvolvendo vários projectos sociais e comunitários, deram a cara na campanha contra o Aborto, na altura de referendo em Portugal com a música “Sem Nome”. Estiveram presentes na campanha do Mundial de Futebol 2006 na Alemanha, aquando do jogo Portugal contra Angola e responderam a muitos dos convites feitos pelo consulado Angolano. Neste momento está a ser desenvolvido com a Associação Portuguesa de Apoio a Vítima (APAV), com a música “Violência Doméstica”, do CD de Dom P. – “Passo a Frente”.
O amor pela música faz com que todos os gastos sejam suportados pelos Força Suprema “a muito custo”, referem, mas não deixam que isso os esmoreça.
“Uma Gota De Sucesso, Um Oceano De Rivais”