Killa Hill Fala Sobre Novo Álbum Em Entrevista Exclusiva

Passados 3 anos desde o lançamento do 3° Episódio, os Killa Hill reaparecem com um novo álbum na bagagem. O lançamento do álbum está para breve, então a equipa AHHC/CenasQueCurto decidiu convidá-los para uma pequena entrevista para sabermos o que podemos esperar do novo álbum, explicarem os motivos da ausência entre outras curiosidades.

1. Killa Hill, a que se deve tanto tempo ausentes do mercado?

R: Como já era sabido, nós somos provenientes da Africa do Sul como estudantes, onde mesmo nesta senda conseguimos lançar 3 discos “Montanha Assassina, 2º Episódio e o 3º Episódio (O Clássico)”. Sentimos que já tínhamos feito muito por essa cultura e que também era hora de dar uma pausa ate porque o pacto que fizemos antes de sairmos do pais, não foi pra voltarmos rappers, mas sim jovens formados e que desde o inicio, a música nunca foi levada por nós como carreira, mas sim um hobbie muito prazeroso de se fazer sempre que podemos e esta é a altura que achamos que devemos voltar a dar alegria a nós e aos nossos fãs, razão pela qual o motivo de tanta ausência.

2. O que acham que uma paragem longa como esta pode trazer de positivo?

R: Dizem sempre que “quem está fora vê melhor” o que significa que podemos ate estar muito tempo parados, mas não estamos desactualizados e nem desinformados, ate porque vivemos isso 24 sobre 24, e não só, temos amigos muito viciados e fazedores de rap, o que faz com que seja impossível nos esquecermos alguma coisa ou forma de o fazer. Então, achamos que o positivo é que sentimos que não estamos no alheio, sabemos o que as pessoas gostam ou querem ouvir, exercitando da nossa forma por vezes com versos próprios ou com musicas de outros músicos, tanto angolanos quanto internacionais…

3.O que acham que mudou no grupo artisticamente desde o último álbum (3° Episódio) até ao presente?

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Cresci a ouvir rap americano nos anos 90 , e fui daqueles que testemunhei uma transição do rap americano como uma das artes mais puras, para algo completamente plastificado ao nível do mainstream.

Passou a valer tudo para se vender discos. Os rappers mais hardcore e politicamente incorretos tornaram-se nos mais formatados e radio friendly. Inventaram-se 850 milhões de beefs para se dar buzz a mc’s que se queria catapultar. Rappers como Rick Ross que sempre rimou sobre o facto de ser dos maiores Gangstaz da América afinal era um antigo guarda prisional. Damas como Nicky Minaj têm que pôr silicone nas mamas e no rabo para puderem assinar contractos e ter sucesso comercial. Editoras alugam mansões , carros de luxo e mais mil merdas para rappers fazerem programas como MTV Cribs e ostentarem futilidades que não lhes pertencem ( estão apenas alugadas). Rappers “acordam” namorar com outras celebridades para puderem estar sempre nas notícias e nas revistas cor de rosa e fazerem reality shows. Rappers promovem-se com tiros que levaram, penas de prisão que cumpriram para puderem aparentar “street credibility”. Enfim vale mesmo tudo. (mais…)