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Universidade Hip Hop Realizou o 2º Festival Nacional de Hip Hop

Em celebração ao mês da História da Kultura Hip Hop, a Universidade Hip Hop em parceria com o Movimento Hip Hop de Benguela realizaram no dia 4 de Novembro o Festival Nacional de Hip Hop 2017.

O Festival que arrancou pontualmente às 9h00 contou com 3 grandes momentos.

Oficinas

As oficinas foram antecedidas das boas vindas aos presentes, da apresentação da Universidade Hip Hop como uma Organização Juvenil sem fins lucrativos vocacionada na divulgação da história, princípios e conceitos da Kultura Hip Hop, assim como contribuir para o desenvolvimento das comunidades e cidadãos das sociedades em que se encontra inserida e que apesar de não ser uma instituição de ensino conforme as outras Universidades, reserva para si a missão de leccionar as disciplinas de Break Dance, Graffiti Art, Deejayin e Emeceein, com um conselho científico que trata de recolher e catalogar informações para a base de dados histórica do Movimento Hip Hop em Angola.

Seguida a apresentação da U2H foi feito o enquadramento sobre a História da Kultura Hip Hop (Datas, pessoas e locais) associados aos primeiros passos desta Kultura.

Havendo um grande número de Street Dancers, a primeira oficina escolhida foi a de Break Dance, onde foram explicados os conceitos genéricos deste elemento, clarificando os conceitos sobre os estilos associados oficialmente ao Hip Hop (Poppin, Lockin e B-Boyin/Breakin), assim como a designação dos praticantes de cada estilo. Falou-se ainda do Krump como um dos estilos também muito próximo ao Hip Hop e que não sofre qualquer segregação tal como os demais estilos que foram surgindo para dançar ao ritmo da sonoridade Rap. Os B-Boys presentes participaram fazendo demonstrações dos movimentos para cada estilo e contribuindo com dados referente a aspectos específicos de cada um deles.

Destacamos o Dead-Neptune que apesar de viver em Luanda, esteve presente e contribuiu para as informações do Krump e claro a Alda Lara e os Street Dancers locais que tiveram uma participação igualmente relevante.

A segunda oficina foi a de Deejayin que começou com aspectos históricos e depois então os aspectos técnicos, destacando-se as diferenças entre os deejays e os Dj’s que vão além da grafia e das técnicas de Mixing, falou-se dos scratches, dos cortes e indicou-se algumas técnicas de turntumblism com maior destaque ao Back-to-Back por ser a técnica que esteve na base do desenvolvimento de 3 elementos do Hip Hop (Emeceein e Break Dance e Deejayin) através do Break beat com a criação do loop perfeito. O Deejay Mamen fez a demonstração na hora das técnicas citadas durante a oficina.

A oficina de Emeceein teve como ponto inicial a diferenciação do termo Emecee do MC que apesar de os 2 serem mestres de cerimónia, o Emecee (associado a Kultura Hip Hop) possui responsabilidades adicionais e tem noção do seu poder de influência e dentro da sua liberdade artística desperta e espalha energias positivas para os seus ouvintes, de seguida falou-se sobre o poder da escrita, das formas, dos conteúdos, das técnicas e das ferramentas de composição própria da música Rap que apesar de terem inicialmente sido feitas sem qualquer orientação literária (comum) hoje já se encontra estudada, catalogada e que pode ser seguida pelos New comers ou por experientes que pretendam aperfeiçoar o que fazem. A segunda abordagem contou com a participação do Kamesu que fez parte da comitiva da Universidade Hip Hop e falou sobre o domínio vocal do Emecee, da relação com o microfone e dos comportamentos em palco e nos estúdios.

A quarta e última oficina foi sobre o Graffiti Art, que contou com a participação inesperada do Deejay Mamen. Foram abordados aspectos históricos (origens, história no tempo actual, principais percursores e locais de referência), foi falado sobre os diferentes estilos de Graffiti existente citando alguns (Bubble Style, Wild Style e Delphin Style), e foi falado sobre as características de cada um deles com demonstração prática feita na hora pelo Deejay Mamen que usou das suas habilidades de Writter para elucidar os presentes. Falou-se por outro lado das denominações atribuídas aos Writters de acordo o nível em que se encontram e outros termos e regras próprias do mundo do Graffiti.

Depois das oficinas foi chamado ao palco o Deejay Mamen já nas vestes de Deejay para 90 minutos de Deejayin, explorando todas as técnicas faladas durante a oficina (Mixing, Turntumblism “scratchin”, Back-to-Back e cortes).

Involuntariamente foi acompanhado pelos Street Dancers presentes que realizaram uma Battle Cypher All styles na hora e que envolveu (Poppers, Krumpers e B-Boys).

O momento seguinte foi o Workshop de reflexão em torno dos últimos 10 anos do Movimento Hip Hop, também conduzido pelo Klaudyu Bantu que começou por pedir aos presentes que indicassem(individualmente) 03 aspectos de destaque da última década e que os considerem positivos para o Hip Hop e 03 que considerem como negativas ou prejudiciais. A plateia super participativa indicou vários aspectos para as duas situações, com representação de mais de 11 províncias e dos 4 elementos núcleo, foram apontados aspectos negativos como a falta de organização, disciplina, fuga causada pela falta de retorno financeiro, marginalização social, ausência de compreensão institucional, divergências (beefs/brigas) desnecessárias e pouca união.

Para os aspectos positivos, foi citado o surgimento da Universidade Hip Hop enquanto organização virada para a expansão dos elementos, princípios e conceitos sem discriminação regional, igualmente o desenvolvimento e expansão de elementos como Break Dance, Deejayin e Graffiti que apesar de ainda não ter a quantidade suficiente para dar resposta às necessidades nacional mas atingiram uma qualidade e maturidade tão grande nos últimos 10 anos que nos permite indica-los como um aspecto positivo. O uso da Internet para divulgação de produtos e eventos, acabando com o monopólio publicitário nas rádios e outros canais de escoamento de produtos na midia.

Depois de quase duas horas de discussão organizada, teve direito a palavra o Gangsta Pick (O ancião presente que além de Emecee, tem desenvolvido um trabalho investigativo muito amplo que envolve o comportamento dos Hiphoppas em Angola) e veio dele o conselho a ser adoptado diante do quadro presente, considerando que conhecemos muitíssimo bem os nossos problemas, individualmente devemos rever os nossos comportamentos para adapta-los ao que o momento exige, assim como observar o que foi feito de bom e multiplica-los para que se atinjam os níveis de expansão, qualidade artística e aceitação necessárias e suficientes para que o Movimento seja auto-suficiente financeira e artisticamente.

O último momento foi reservado para o Show/performance dos 3 elementos com mais 30 minutos do Deejay Mamen e 4 Blocos de Emeceein e Break Dance obedecendo a seguinte ordem:

1.° Bloco
– Mac D (Benguela)
– Sem Culpa (Cabinda)
– Kamesu (Luanda)
– V.D (Break Dance – Benguela)

2.° Bloco
– Visionários (Benguela)
– Mr Teles (Kwanza Sul)
– Lora Dji (Luanda)
– Boys of Dance – (Benguela)

3.° Bloco
– Jaula (Kwanza-Sul)
– Mona Dya Kidi (Luanda)
– Maximus (Kwanza-Sul)
– Young Fama (Benguela)
– Benguela Street Dance

4.° Bloco
– Nigga Pandy (Huambo)
– Black Mamba (Benguela) e
– BM Gang (Benguela).

O Festival Nacional de Hip Hop em Benguela teve um saldo positivo e aproveitamos para agradecer todas as pessoas que contribuíram para que este fosse uma realidade desde o Carbono Casimiro que fez o panfleto do evento pela GLX, a Soba Katumbela pelo palco e o som, ao Kero Benguela (Dona Flavia) pelo espaço, ao Centro Dom Bosco e o Alberto Suco pela hospedagem, aos artistas que se deslocaram das suas zonas para participar do evento, aos colaboradores da Universidade Hip Hop em todo país, aos Street Dancers de Benguela, a Alda Lara que envolveu-se no evento de pés e cabeça, a todos que se fizeram presente deixando as suas tarefas para participarem do festival, ao Gangsta Pick (o ancião da caravana de Luanda) e todos que mesmo não podendo estar presente fisicamente, contribuíram partilhando o evento nos seus perfis em redes sociais, em blogs, a dispensa do tempo de antena em rádios e Tv’s, ao Movimento Hip Hop de Benguela e o Movimento Hip Hop Nacional.

O festival foi uma realidade…

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Resumo do 1º Festival Nacional de Hip Hop

U2H

A Universidade Hip Hop cumprindo a sua agenda Kultural para o presente ano (2016) e enquadrado nas Celebrações da Semana de Apreciação à Kultura Hip Hop, realizou nos dias 20 e 21 de Maio, o 1º Festival Nacional de Hip Hop na Mediateca de Luanda com 20 horas dedicadas inteiramente a Kultural Hip Hop, distribuídas de acordo a seguinte estrutura:

Dia 20 de Maio

O evento arrancou as 8h00 com as boas vindas musicais enquanto as pessoas chegavam ao auditório da Mediateca de Luanda, momento que se estendeu até as 9h30, altura em que foi feita a apresentação oficial da Universidade Hip Hop para os presentes pelo Reitor Klaudyu Bantu, que falou sobre a data de arranque da primeira actividade, bem como a equipa responsável pelo projecto e o respectivo local de arranque (sede oficial da Organização).

Foi igualmente apresentada a missão, visão e valores da U2H (abreviatura oficial da Organização), destacaram-se as actividades de maior impacto social e Kultural (Parceria com instituições filantrópicas e a escritura conjunta do Memorando de Entendimento respectivamente).

Festival Nacional de Hip Hop (8)

Por outro lado foram apresentadas as 4 categorias de Membro (Fundadores, Directores, Colaboradores e Beneméritos), e durante a interação com a plateia foram esclarecidos os critérios para o acesso a cada um deles. Foram ainda esclarecidas as razões para a actual postura itinerante da Universidade Hip Hop tendo transformado a sua sede em um centro de estudos e de investigação.

Terminou-se então com a apresentação do Símbolo da Universidade Hip Hop e dos membros Directores do presente ano Kultural. Completa a apresentação da U2H e com a equipa de oficinas completa, foi dado o arranque das oficinas dos 4 elementos núcleo da Kultural Hip Hop obedecendo a seguinte Ordem:

Oficinas

Graffiti Art

Graffiti

Apresentado pelo Prof ZBI que começou falando sobre as questões históricas que associam o Graffiti aos Agroglifos de Kemet, passando de imediato para o cenário em que este ganha o formato actual nas décadas de 60 e 70 em New York.

Em sequência, falou ainda dos diferentes estilos (Wild Style, Bubble, Characters e outros), os termos e códigos de conduta próprios da comunidade de Writers (Hall of Fame, Toy, Bite, King, e stencil). A interação com a plateia requereu a explicação sobre a ausência de Graffitis de protestos sociais, que foi prontamente respondida com os exemplos de actividades em curso como a da BAW Crew que está com uma campanha de informação sobre a malária e ainda sobre a existência de mensagens encriptadas nos Graffitis mais populares.

Break Dance

Break Dance

Tássio e Amândio T-Locker, foram os responsáveis pela condução da oficina de Break Dance, que abriram com a explicação do surgimento do Break Beat e de como ele foi aproveitado para desenvolver uma forma de ser na vida, foram explicados os vários estilos existentes mas com uma atenção privilegiada para o Breakin, Poppin e Locking, com datas, nome dos principais percursores e características próprias de cada um dos estilos. Houve igualmente espaço para representação prática de cada um deles.

Deejayin

DJ

Dj Nkkappa, uma referência no activismo regional e membro da U2H foi a pessoa indicada para a oficina de Deejayin que começou por apresentar a história de inicio, estruturação e desenvolvimento da Kultural Hip Hop que está estritamente ligada ao elemento Deejayin, sendo que os seus principais percursores são Deejays (Dj Kool Herc “Pai”, Afrikaa Bambaataa “Padrinho”, Dj Grand Master Flash “Inventor” e Grand Wizard Theodore “Scratcher”), explicando detalhadamente o impacto da acção de cada um deles na Kultura.

DJ 2

Em sequência, apresentou a turntable como um instrumento musical (capaz de produzir um novo som reciclando outros).

Foram apresentadas com detalhes as técnicas de Turntablismo (Cut, Scratch e Mix). Para terminar foram apresentadas aulas práticas (videos) para o Scratch e o Back-to-Back.

Emeceein

MC

Para a oficina de Emeceein tivemos como oradores principais a Mamy TMS e o Wyma Nayoby que começaram por fazer uma abordagem histórica correlacionando os Griots de África, o Tosting da Jamaica e o Spoken Word dos Last poet chegando ao Melle Mel e aos Herculoids.

Seguida da caracterização da MC, olhando para os aspectos ligados ao controlo efectivo da plateia, seguindo com a abordagem sobre a questão referente às formas, métodos e ferramentas a que se recorre para a composição.

De uma forma sintetizada foi ainda apresentado o processo normal para a escrita: Identificação do tema a abordar -> Investigação em torno do tema -> Escolha da forma e método de composição e por fim a composição.

Foi de seguida abordada a questão referente a relação existente entre o Mc, o Microfone e o Palco, onde aspectos como a forma como se segura o Microfone, a distância mínima entre a boca e o microfone bem como a projeção da voz mereceram destaque.

Falou-se ainda sobre a necessidade de se saber explorar o palco, a memorização da música e da exclusão dos Playbacks da carteira de apresentação de um Emecee.

Da Bullz

A oficina de Emeceein terminou com uma homenagem ao Mestre Da Bulls, onde foi referenciado o seu domínio na escrita e da forma como alterava as métricas nos seus versos, assim como a disposição das rimas em cada linha.

Antes do intervalo (de 30 min foram) esclarecidos aspectos históricos como as primeiras mixtapes lançadas em Angola e ainda esclarecidas as premissas que devem obedecer para que sejam consideradas mixtapes, ficando no final a sugestão para os projectos que não cumprem os critérios de uma mixtape e que não possuem os ingredientes de álbum de serem chamados de “Trainning Tape“.

Reflexão

Após ao intervalo, passou-se para o terceiro momento “Fórum de Reflexão Em Torno do Hip Hop Nacional“, estruturado para uma participação inclusiva, o moderador (1000ton NKanzale) abriu a conversa com uma introdução que refletia muitas das contestações que têm sido apresentadas quer nas redes sociais ou em outros ciclos em que o tema de conversa seja Hip Hop Nacional (Exagerado “amiguismo”, bloqueios imaginários, falta de profissionalismo, exclusão geográfica, elitismo, o respeito aos old school).

Para o inicio de conversa apresentou aos presentes a seguinte questão:

1- Qual é o estado do Movimento Hip Hop Nacional?

A plateia foi bastante participativa, olhando para aspectos concretos e nem tão evasivos, reforçando questões como a falta de respeito entre os diferentes agentes (Old school/ New School, Capital/outras províncias), destacou-se ainda a inexistência de um sistema de rendimento interno que possa auto-sustentar o Movimento Hip Hop, ajudando com isto as necessidades básicas dos seus agentes, acabando com o sistema de mendigação de apoios existente actualmente.

Depois de um diagnóstico de participação conjunta, foi lançada a segunda questão:

2- Que acções de concreto devem tomar os membros do Movimento Hip Hop Nacional de forma individual/colectiva, para que o Movimento de resposta às suas necessidades e as necessidades sociais?

Para a segunda questão, a plateia manteve a postura positiva, começando por sugerir um posicionamento mais activo da Universidade Hip Hop quanto a gestão de conflitos internos do Movimento assim como o esclarecimento de aspectos que causem algum tipo de desentendimento.

Foi por outro lado solicitado ao Movimento como um todo uma maior intervenção para os problemas sociais e para tal foi indicada a título exemplar a questão da febre amarela e malária que não mereceu uma resposta conjunta de todo movimento.

Foram de igual modo sugeridas as participação de todos em todos eventos de todos os elementos que foi complementada com uma chamada de atenção dos B-Boys e GraffWriters para que os organizadores de eventos não publicitarem erradamente Show de Hip-Hop quando na verdade só se faz presente o elemento Emeceein.

Entre as várias contribuições, falou-se da gestão de beefs e surgiu a diversidade de opiniões sobre o carácter prejudicial ou não para o Movimento Nacional, que apesar dos diferentes pontos de vista conclui-se não ser prioritário, considerando a pronta resposta que a sociedade precisa para algumas questões mais emergentes.

Para fechar este bloco foram reforçadas a necessidade de uma co-participação de todos nas actividades de todos, e ficaram no ar algumas questões para auto-reflexão:

Reflexão 2

 

Com estes pontos deu-se por encerrado o Fórum de reflexão.

O último bloco para o dia 20 de de Maio, foi reservado aos códigos de conduta da Kultura Hip Hop, onde o orador fez a apresentação da Declaração de Paz e do Memorando de Entendimento do Hip Hop em Angola, com detalhes sobre as datas das suas escrituras, as pessoas e Organizações envolvidas bem como o número de pontos (princípios) constantes em cada um dos documentos.

Para terminar foi lido o Nono principio da Declaração de Paz e os pontos 3, 4 e 8 do Memorando de Entendimento.

Foi de seguida dado por encerrado o 1º dia do Festival Nacional de Hip Hop com compromisso de estarmos juntos no dia seguinte no mesmo local.

Dia 21 de Maio

O dia 21 foi reservado para as performances dos 4 elementos Núcleo da Kultura Hip Hop: Deejayin, Graffiti Art, Break Dance e Emeceein.

Festival Nacional de Hip Hop (18)

O evento arrancou pontualmente as 8h00, altura em que os Graffwriters estavam a idealizar e estruturar a interação para o Ngola Graffiti INVENCIBLE Jam (Encontro de Writers), fizeram-se presente representantes da BAW Crew, dos 300 Crew e da Mug Crew para a pintura, mas também compareceram ao local membros de outros Crews como a Imortal Crew e Writers Freelancers como o ArtMore.

Festival Nacional de Hip Hop (7)

As 9h00 os Deejays (Nkkappa e Mamem) já tinham as condições criadas para receber o pessoal no auditório da Mediateca de Luanda (Arsenal Montado), e foram dando as boas vindas ao pessoal mais pontual com os 2 Deejayis a tocarem em simultâneo (2 pares de turntable). Contagiados pelo ritmo, 3 Mc’s com sangue de gladiadores começaram por aquecer os Microfones, que no improviso foram dando as boas vindas ao pessoal, gerando ao longo do Freestyle um bom momento de batalha entre 2 deles.

A seguir a sessão de Freestyles que durou cerca de de 30 minutos, os Deejays deram sequência desta vez já com o Deejay Ritchelly completando assim uma sessão de 3 Deejays com uma sincronia admirável onde cada um era responsável por misturar uma música lançada pelo outro, enquanto o terceiro era responsável pelo Scracth e Cuts. Durante o momento, foram exibidas algumas técnicas de turtumblismo com realce para o Back-to-Back, técnica que caracteriza a extensão do Break Break e consequentemente o nascimento da música Rap e dos B-Boys e B-Girls.

Festival Nacional de Hip Hop (3)

40 minutos depois foi a vez de serem chamados os Dancers (B-Boys, Poppers, Lockers e Krumpers) para a primeira sessão de Break Dance, onde foram representados 4 estilos de Dança associados ao Hip Hop, por Dancers que têm participado das Cyphers e concursos realizados nos últimos tempos (Biló Baila, Luanda Break Beat Session, Dance Machine Battle e Breakin Confronto de Rua).

Nesta altura, na parte externa do Auditório (Jardim da Mediateca), os Writers já haviam repartido por 4 os 80 metros quadrados (Painel do Ngola Graffiti INVENCIBLE Jam) e resolveram aplicar duas técnicas de Graffiti referenciadas na Oficina de Graffiti que aconteceu no dia 20 (Wild Style e Character).

Festival Nacional de Hip Hop (2)

No interior do Auditório terminada a primeira Cypher de Break Dance foi então anunciado o 1.° Bloco de Emecees, caracterizado pela diversidade regional onde tivemos a representar Mc’s provenientes de diferentes pontos do País, com conteúdos diversificados, beats variados, flows alternados, tudo a muito bom nível, mesmo ao estilo de um Festival.

Assim que encerrou o primeiro Bloco de Emecees os Deejays voltaram a entrar em acção com o mesmo formato (3 Deejays, 3 Misturas 3 Host’s e diferentes técnicas de Turntumblismo), neste bloco importa realçar a interação entre os Deejays e a plateia que conhecia as várias músicas que foram passadas, desde Dr. Dre, Mck, Phay Grande o Poeta, Krs One, uma Homenagem ao Dabulls e várias outras músicas que se enquadravam perfeitamente ao estado de espírito que se partilhava na Sala.

Festival Nacional de Hip Hop (6)

Ao terminar o bloco de Deejays, surgiu um elemento não previsto (BeatBoxin) com o B-Dog que mostrou aos presentes que ainda se tem praticado a produção de instrumentais com a caixa, aplaudido por todos misturando com a caixa entre Beats, scratchs, o Cut com o nome da Universidade Hip Hop.

A sua saída, deu lugar à mais um Bloco de Break Dance, desta vez caracterizada pela diversidade no género pois vimos representar a Hellie Groove (Popper) e a Lil Groove (B-Girl) que sem qualquer desprimor representaram muito bem cada uma o seu estilo, acompanhadas pelos outros Dançarinos que obedecendo as regras comuns de uma Cypher, entraram apresentavam-se e representavam.

Ao último Bloco de Emecees, é obrigatório destacar a diversidade demográfica (idade e género), pois tivemos a representação histórica do Loro G (um rapaz de 10 anos) que rapou por cima do Beat do Xzbit a música de sua autoria “Eu estarei aqui” com a segurança de um Mc em ascensão.

Por outro lado tivemos a representação de Mondlane (com mais de 40 anos de idade e que faz parte da segunda geração dos agentes da Kultura Hip Hop em Angola). Passaram igualmente pelo palco as senhoras do projecto Rapvolução que apresentaram em estreia a música Remix do “Eu amo o Rap“.

Com uma miscelânea de gerações, e características, os Mcs encerraram as performances no interior do auditório.

Em sequência, realizaram-se na parte externa (Pátio da mediateca) Cypher de Break Dance e de Freestyles com uma participação inclusiva.

Festival Nacional de Hip Hop (20)

Os Writers terminaram uma autêntica obra de arte de 80 metros quadrados onde estavam representados: Dj Kool Herc (Pai da Kultura Hip Hop), a marca de um King (Spent) e a mistura entre o Character e o Wild Style representando a degradação humana pelo consumo exagerado do cigarro.

Desta forma foi dado por encerrado o Festival de Hip Hop Nacional.

A Universidade Hip Hop agradece a todos que participaram quer representando algum elemento, comparecendo ou acompanhando via redes sociais.

Relembrando que a responsabilidade da Manutenção do Hip Hop Nacional é conjunta. (Todos juntos somos mais fortes)

Universidade Hip Hop… Conhecimento é Poder!

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Angola Hip Hop Awards Divulga Detalhes Sobre a Realização da Gala de Premiações

Conferência de Imprensa AHHA (10)

O Angola Hip Hop Awards, Lda informa que por iniciativa da empresa No Sleep e do site Cenas Que Curto foi ontem realizada a conferência de imprensa que serviu para apresentação do concurso de premiação dos melhores do Hip Hop angolano, denominado Angola Hip Hop Awards, evento este que marcou o lançamento oficial do projecto.

O evento teve lugar no D-Club e contou com a presença de representantes de vários órgãos de comunicação social e várias personalidades ligadas ao Movimento Hip Hop angolano.

O projecto consiste em premiar os fazedores, sendo eles residente em Angola ou no exterior, que se tenham destacado durante o ano 2015 praticando algum dos elementos núcleo da cultura Hip Hop (MC, DJ, Break Dance e Graffite). A ideia do concurso surge com o intuito de valorizar a cultura Hip Hop e mostrar à sociedade as várias facetas que o estilo apresenta.

Cartaz Angola Hip Hop Awards

A Gala de premiações que contempla 17 categorias, será realizada no dia 18 de Junho a partir das 20h00 e terá lugar no Hotel Royal Plaza (Talatona). Promete-se uma gala cheia de surpresas e que mostrará o melhor que o Movimento Hip Hop em Angola produziu nos últimos tempos.

As votações estão a ser feitas via Internet através do site oficial do projecto (www.angolahiphopawards.com) e irão até ao dia 17 de Junho, sendo que foram definidos critérios para cada uma das categorias e além da equipa da organização contaram com um comité de pessoas bem entendidas na matéria para a definição dos candidatos.

Conferência de Imprensa AHHA (6)

Além das 17 categorias, será também atribuído um prêmio carreira a uma personalidade ligada a Cultura Hip Hop que muito contribuiu para o desenvolvimento da mesma em Angola.

Os bilhetes estarão a venda nos locais habituais, a partir de Segunda-Feira (23 de Maio), com os seguintes preços: Convite Normal 4000 Kz (Gala) e Convite Vip 7000 Kz (Gala+After Party).

Categorias:
1. Verso do ano
2. Videoclipe do ano
3. DJ de Hip Hop do ano
4. Liricista do ano
5. Álbum do ano
6. Breakin do ano
7. Mixtape/EP do ano
8. Artista R&B do ano
9. Rapper Feminina do ano
10. Activista do ano
11. Graffwritter do ano
12. Single do ano
13. Revelação do ano
14. Evento do ano
15. Produtor do ano
16. Rapper “New School” do ano
17. Rapper MVP

Organização: Angola Hip Hop Awards, Lda
Produção: Cenas Que Curto e No Sleep Entretenimento

Fotos por: Hotline HD

Angola Hip Hop Awards
www.angolahiphopawards.com

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Conhecimento Destaques DJ Graffite Rap Angolano

1ª Edição do Angola Hip Hop Awards Será Realizada Este Ano

AHHA Banner

Vai ao ar hoje o site Angola Hip Hop Awards, que tem como objectivo premiar anualmente os artistas que se fizeram sentir no ano transacto do estilo Hip Hop-R&B.

A gala de premiação será realizada em breve e os vencedores são eleitos por votação pela internet e em alguns programas de rádio.

Angola Hip Hop Awards

O evento foi idealizado pelo site www.cenasquecurto.net e a agencia No Sleep Entretenimento em colaboração com algumas entidades entendidas da matéria.

A cada edição, será homenageada uma entidade ligada ao estilo. O público poderá votar até 1 dia antes da realização da gala.

O site será lançado hoje, dia 7 de Março, a partir das 18h00.

Site: www.angolahiphopawards.com
Facebookwww.facebook.com/AngolaHHA
Instagramwww.instagram.com/AngolaHHawards
Twitterwww.twitter.com/AngolaHHA
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCSdEaO1r2fDFnefU38CKInw

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[Graffite] Prof Zbi X UNAP

Criança Artista Plastica (2)

Mais um trabalho vindo da Mug Crew e Universidade Hip Hop, que na pessoa do Prof Zbi, retrataram uma Criança Africana (Artista Plástica), em homenagem aos 37 anos de existência da UNAP.

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Graffite Principais

MCK, Halloween, Drunk Master e Phay Grand Ganharam Graffites No Show “Alternativo Em Dose Dupla”

Halloween Vs Graffite

MCK, Allen Halloween, Drunk Master e Phay Grand O Poeta, os 4 nomes que estiveram em cartaz no grande show realizado ontem “Alternativo Em Dose Dupla“, ganharam graffites que foram feitos e expostos durante o evento.

No primeiro grande show de MCK, a organização decidiu dar destaque ao Break, já neste a atenção foi para o Graffite.

Para a execução dos mesmos, foi contactada a Baw Crew que não deixou os seus créditos em mãos alheias. A ideia nos graffites, foi passar a marca que cada um dos artistas “representa”. O resultado não podia ser melhor e pode ser visto nas imagens abaixo.

A Masta K mostra mais uma vez, que atendeu ao apelo feito pela Universidade Hip Hop quando, via Memorando de Entendimento do Hip Hop em Angola no seu segundo ponto, determinou que a Cultura Hip Hop em Angola será expressa por via dos 4 elementos Núcleo (Emceeing, Deejaying, Breakin e Graffith Art)…

Baw Crew No Facebookwww.facebook.com/pages/BAW-CREW/1431746767071387?fref=ts

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TPA Mostrou Trabalho de Graffiteiros Nas Paredes do Elinga Teatro [Vídeo]

tpa vs elinga

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Sprite Rompimento Dará 5Mil Dolares Ao Melhor Graffiteiro de Angola

Sprite Rompimento Logo

A organização do concurso Sprite Rompimento anunciou na sua conferência de imprensa realizada no dia 7 de Março deste ano, que organizará na final do seu evento deste ano, no dia 15 de Junho na Cidadela Desportiva, um concurso de Graffite.

Para o melhor Graffiteiro de 2014, que será encontrado neste concurso, a Sprite oferecerá um prémio de 5 mil dolares.

Sobre o Concurso

Os Graffiteiros interessados deverão fazer uma inscrição para o concurso e destas inscrições serão escolhidos 10 finalistas. Aos mesmos, será dado um tema para criarem um Graffite durante a grande final do Sprite Rompimento. Os artistas terão 3 horas para a criação do mesmo. O grande vencedor receberá um prémio de 5Mil Dolares…

Os graffiteiros interessados, deverão dirigir-se as instalações da Coca-Cola em Luanda para o preenchimento de um formulário de inscrição, e deverão levar consigo 3 fotos (no mínimo) de trabalhos seus.

Em caso de duvidas, poderão entrar em contacto pelo terminal telefónico “(+244 ) 922 30 45 29” ou ainda enviando um e-mail para o “[email protected]“.

Fiquem ligados as páginas do evento para mais informações: www.spriterompimento.com e www.facebook.com/spriterompimento

sprite-rompimento

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Projecto do ex-Jogador Romário Propõe Regulamentar Profissões e Actividades Ligadas Ao Hip Hop

romario hip hop

Com o objectivo de proteger o patrimônio cultural brasileiro e profissionalizar uma actividade já bastante desenvolvida no país, o ex-jogador brasileiro e actual Deputado Federal Romário, apresentou o projecto de Lei 6756/2013, que propõe regulamentar as profissões e actividades da cultura Hip Hop.

O projeto de lei que visa regulamentar profissões e atividades da cultura Hip Hop. A proposta é que actividades como DJ, MC, Rapper, Beat Box, Dança de Rua e Grafite serão reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e poderão ser registradas. Assim estaremos reconhecendo o valor dos nossos jovens que vivem e respiram o Hip Hop, em todas as suas formas de expressão e ações sociais.

Romario Onze

Segundo a proposta, a profissão será reconhecida em todo o território nacional, e poderá ser exercida tanto por profissionais diplomados em cursos técnicos de capacitação profissional, quanto por aqueles que comprovarem o exercício das profissões de forma ininterrupta por um ano.

A actividade poderá ser exercida na forma do contrato de trabalho ou como autônomo. O projecto ainda estabelece carga horária de trinta horas semanais, as horas excedidas serão remuneradas com acréscimo de 100% sobre o valor da hora normal.

Para o grafiteiro Welton dos Reis, mais conhecido como Micro, o projecto é positivo tanto para o artista quanto para o público, pois faz com que o artista tenha mais espaço para realizar o serviço.

“Esse projecto é uma forma de dar um estímulo maior para quem já trabalha no meio e também estimula a entrada dos jovens artistas”, afirma Micro.

Fontewww.romario.org

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Metrô de São Paulo (Brasil) Cede Espaço Para o Grafite [Vídeo]

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[Iamgem do Dia] Nga e Valete X Graffite

Nga X Valete X Graffite

Graffite nas ruas de Lisboa mostram os rostos de Nga e Valete na mesma “tela”…

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Onde Há Um Muro, Há Uma Tela…

Grafiteiros avançam sobre o espaço urbano com uma arte divertida e diferente. E ressalvam que, ao contrário dos pichadores, querem apenas deixar a cidade mais bonita.

A arte na rua está experimentando um verdadeiro boom. Não apenas o graffite, mas também técnicas como o estêncil, adesivos e cartazes pipocam escancarados em avenidas ou discretamente, em becos mais escondidos.
Criam a idéia de uma galeria aberta, seja nas paredes, nas rodoviárias de metrô, ou os muros…

Fonte do texto: CreateVuldo

Onde Há Um Muro, Há Uma Tela… É assim que os Graffiteiros vêem o mundo…

Em tempos estava a procura na internet de fontes para o corew em formato de graffite, quando me deparei com sites de Graffites Online.

Curti da cena e decidi partilhar aqui com vocês…

E ainda mais curioso é um site que nos possibilita desenhar o nosso próprio graffite, tendo disponível uma parede, e o material (Sprays e wherever) que um graffiteiro usa.

Uma cena diferente, e vou já adiantando que não é nada fácil.

Deixo-vos então aqui os links para os referidos sites…
Site Para Criares o Teu Proprio Graffite:
Crie o seu próprio Grafite
Recados em formato de Graffite
Graffite Creator

Existem outros milhares de sites do gênero, mas são estes que achei e recomendo para vocês.

Divirtam-se…