Bob da Rage Sense Fala Sobre Novo Álbum Em Entrevista à Sapo

bob-rage-2013

Bob da Rage Sense está de volta aos discos. “Ordem depois do caos” é o trabalho mais recente do artista. O SAPO esteve presente na gravação do seu novo vídeo, para a música “Reflecte”, primeiro single do álbum, e falou em exclusivo com o rapper. Bob contou-nos sobre o novo CD, sobre o sonho de lançar a sua editora, “Rage Sense Music”, e como continuar a ser revolucionário faz parte dos seus planos.

bob-da-rage-novo-album

O álbum vai-se chamar “Ordem depois do caos”, porquê esse nome?
“Ordem depois do caos” porque este é o momento de tranquilidade da minha carreira. Este disco é um pouco a junção de toda a minha carreira num só álbum. Gravei com muito mais independência do que nos anteriores. Os artistas costumam dizer, mas é sem grandes clichés que eu digo que este é o meu melhor álbum até a data, tendo em conta que tive todo o espaço e tempo para a música que me apeteceu, é o meu álbum de sonho. Tudo partiu de mim e materializou-se dessa forma. (mais…)

Narrador "Kanhanga" Entrevistado Pelo Site Brasileiro Noticiário Periférico

Gostaria que você falasse sobre a Musica “Africa Berço da Humanidade”. Lembro que numa prévia do álbum você se emocionou cantando esta música… Qual a importância dela pra você? . R: Essa música é parte de uma história do povo negro que precisa ser preservada. Existem muitos jovens negros que desconhecem de como os seus ancestrais vieram e como vieram Leia mais…

Keita Mayanda Dá Entrevista Ao Site Kultafro

Keita-Mayanda-Bahia

O trabalho musical de Keita Mayanda pode não estar muito disseminado por aqui, mas esse rapper angolano tem muita história pra contar da sua relação com o Brasil. Membro da etnia Kimbundo, cresceu na Luanda dos anos 80, escutando a variada seleção de música brasileira que tocava por lá. É fã do manguebit e visita São Paulo regularmente: nos últimos quatro anos, esteve nove vezes na cidade com a qual mantém uma relação “irracional”, como ele mesmo diz. A última vez foi em janeiro de 2013, quando a Kultafro travou um contato inicial com o artista. Atualmente trabalhando em seu segundo CD solo, Keita antecipa um pouco do que vem por aí no seu novo trabalho, além de compartilhar conosco algumas informações quanto ao seu processo de criação, o mercado musical independente e sobre questões “afro-africanas-contemporâneas”.

Kultafro – Conte um pouco da sua história com o rap e com a música de Angola e Brasil?O trabalho musical de Keita Mayanda pode não estar muito disseminado por aqui, mas esse rapper angolano tem muita história pra contar da sua relação com o Brasil. Membro da etnia Kimbundo, cresceu na Luanda dos anos 80, escutando a variada seleção de música brasileira que tocava por lá. É fã do manguebit e visita São Paulo regularmente: nos últimos quatro anos, esteve nove vezes na cidade com a qual mantém uma relação “irracional”, como ele mesmo diz. A última vez foi em janeiro de 2013, quando a Kultafro travou um contato inicial com o artista. Atualmente trabalhando em seu segundo CD solo, Keita antecipa um pouco do que vem por aí no seu novo trabalho, além de compartilhar conosco algumas informações quanto ao seu processo de criação, o mercado musical independente e sobre questões “afro-africanas-contemporâneas”.

Keita Mayanda – Meu envolvimento com o rap como rapper começou por volta de 1993, um caderno com versos, um amigo do bairro com quem ouvia música rap, que era difícil de encontrar em cassete ou mesmo ouvir em qualquer estação de rádio. Juntei-me a um grupo de amigos com quem trocava gibis e formei meu primeiro grupo “Soldados do Guetto”, anos depois, com 16 anos e mais envolvido com o movimento hip-hop em Luanda, comecei a definir um estilo, um método, um rap mais politizado, mais virado paras as questões sociais. No início dos anos 2000, depois de uma temporada em Portugal, e de haver gravado dois álbuns lá com o coletivo Onjango e com o meu grupo, o Conjunto Ngonguenha, comecei a preparar o meu primeiro CD solo, “O Homem e o Artista”, que foi lançado em Julho de 2006. (mais…)

Phay Grand "O Último Moicano do Rap Alternativo" (Por Soba L)

phay-grand

A história do Rap Brasileiro tem sido imortalizada por exímios compositores ao longo destas duas décadas. Uma história edificada pelos Poetas magistrais da velha escola como: Gabriel, Eduardo, Brown, Mv, Marechal, Gutierrez, e que tem sido sedimentada pelos alunos da nova escola como: Fluxo, Neil Sentimentum, Kamau, Emicida, Rashid e Projota. Com efeito, nenhum dos senhores supra citados, cuspiu doutrinas alternativas, contundentes e rústicas como o Sabotage. Sabotage foi o anti herói do Rap Brasileiro, com uma postura contra cultura, subversivo e intervencionista, Sabotage foi a CNN das favelas brasileiras.

O percurso do Rap Português tem sido marcado por compositores fascinantes nas últimas duas décadas. Um itinerário que foi arquitectado pelos Poetas sublimes da velha escola como: AC, Mundo, Chullage, Fusível, Valete, Sam The Kid, e que tem sido regenerado e revitalizado pelos alunos da nova escola como: Nokas (Infinito), Jimmy P, Jêpê, Each, Sacik Brow e Invisível.

Entretanto, nenhum dos senhores acima referenciados cuspiu doutrinas alternativas, contundentes e rústicas como o Allen Halloween. (mais…)